Como pode um grande povo aceitar a condição de protagonista do seu próprio processo existêncial? Como pode uma raça explendorosa lutar por um longo período de tempo só para poder ser aceita por uma outra raça, que lhe é inferior? Como pode um povo que fundou o mundo aceitar para si a condição de subservientes e passivos? Como pode o povo preto ficar tão obsecado para se tornar igual ao branco, ao ponto de negar a si mesmo e a toda sua história gloriosa, em busca de afeição e compaixão?
O povo preto precisa se encontrar enquanto nação africana. O povo preto precisa acreditar mais em seu próprio potencial. Nossa gente precisa descobrir o melhor que há em si. Precisamos explorar o nosso melhor. Precisamos dar o nosso melhor. Precisamos olhar mais para dentro de nós mesmo. Precisamos nos deparar mais com as nossas próprias problemáticas e dificuldades internas. Precisamos nos deparar com nossas fraquezas, enfrentá-las e vencê-las. Precisamos construir a nossa auto-suficiência enquanto povo. Precisamos tentar resolver o máximo que pudermos dos nossos problemas sem a intervaçãos dos brancos, sem o seu auxílio e sem sua hipocrisia humanitária.
O estabelecimento do Poder Preto deve ser o objetivo da nossa raça. A construção da nossa auto-determinação política e econômica deve constituir a verdadeira luta pela libertação do nosso povo. Precisamos condicionar as nossas ações, e seu foco, para o advento do Poder preto. A única saída vitoriosa para o povo africano do mundo é o estabelecimento de uma estrutura de Poder que nos possibilite caminhar pelo nosso próprio destino como queiramos trilhar. Precisamos andar com nossas próprias pernas pelos caminhos que queiramos andar, e não por aquele indicado pelos nossos algozes. O Poder Preto é saída. A solução é a auto-determinação dos povos africanos. É o nosso reencontro com a verdadeira liberdade: o protagonismo. A liberdade de fazer, e ter condições de fazer, por si só, tudo o que as outras raças fazem por elas mesmas.
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