sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Malcolm X - Unificação


"O que você e eu precisamos fazer é esquecer nossas diferenças. Quando nos reunimos, não nos reunimos como bastistas ou metodistas. Você não é maltratado porque é um batista e você não é maltratado porque é metodista. Você não é matratado porque é um democrata ou replublicano. Você não é maltratado porque é um maçom ou elk e você certamente não é maltratado porque é norte-americo, porque se você fosse norte-americano, você não seria maltratado. Você é maltratado porque é preto. Você é maltrado e todos nós domos maltratados pela mesma razão."

Mari Evans - Poesia

















Eu
sou uma mulher preta
alta como um cipreste
forte
acima de toda definição serena
desafiando lugar
e tempo
e circunstância
assaltada
inacessível
indestrutível
Olhai
para mim e sede
renovados

................................

Quem
pode nascer preto
e não
cantar
a maravilha
da alegria
do desafio
Quem
pode nascer
preto
e não exultar.

..........................

Eu tomo a minha liberdade
para que eu não morra
pelo orgulho que corre em minnhas veias
Porque sou aquele que
ousa dizer
serei livre ou morto
hoje (...)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pretitude, a essência de ser.

Minha pretitude embala meu ser.
É orgulho que me motiva prá vencer.
Como a sombra que refresca o existir.
Minha pretitude é tudo prá mim.

Sol é apenas um ativador.
Dessa cor que representa o amor.
Acolorando as relações.
Pretitude motiva os corações.

domingo, 4 de outubro de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Conhecimento é Poder" - Panteras Negras






"Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente."

Martin Luther King

Luta - Perseverança - Vitória


















"Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes."

Tg 1: 2-4

Eu Amo o Povo Preto - I Love Black People

Poder e Amor ao Povo Preto


Amor! Amor! Amor! A solução é o Amor.

Poder! Poder! Poder! A solução é o Poder.

Peter Tosh - "African" - "Africano"



















Não importa de onde você é
Com quanto que você seja preto
Você é um africano

Não importa sua nacionalidade
Você tem que ter a identidade de um africano

Porque se você vem de Clarendon
Se você vem de Portland
Se você vem de Westmoreland
Você é um africano

Não importa sua nacionalidade
Você tem que ter a identidade de um africano

Porque se você vem de Trinidad
Se você vem de Nassau
Se você vem de Cuba
Você é um africano

Não importa sua complexidade
Isto não é rejeição
Você é um africano

Porque se sua personalidade for forte
Se sua personalidade for potente
E se sua personalidade existe
Você é um africano

Não importa sua denominação
Isto é somente segregração
Você é um africano

Porque se você for católico
E se você for metodista
E se você for da igreja de Deus
Você é um africano

Não importa sua nacionalidade
Você tem a identidade de um africano

Porque se você vier de Brixton
E se você vier de Weesday
E se você vier de Wingstead
E se você vier da França
Brooklin
Queens
Manhattan
Canadá
Miami
Suécia
Alemanha
Russia
Taiwan

Ou se você não for de lugar algum

Não importa sua nacionalidade
Você tem a identidade de um africano

terça-feira, 30 de junho de 2009

Malcolm X, exemplo de homem, exemplo de pai.

Ser homem preto de verdade é assumir as responsabilidades paterna. Pai de verdade não é o que faz filhos, mas sim aqueles que os criar com muito amor, carinho e atenção. Os homens negros estão cumprindo um papel negativo dentro da comunidade negra. De certa forma, o desencaminhamento que se abate sobre a juventude preta é também fruto da inresponsabilidade dos homens pretos, que além de não saber amar a mulher preta, é incapaz de assistir moralmente, espiritualmente e materialmente seu filhos. Tenhamos como refência de grande pai homens pretos como Malcolm X, que renegou a educação branca escravocrata da promiscuidade e passou a ser responsável com suas filhas, assim como com sua esposa.

Zumbi, o nacionalista africano


Zumbi, o maior expoente da nação africana chamada Palmares. O líder maior do povo africano no Brasil. Sua luta foi pela libertação do povo preto. Sua morte, o símbolo da esperança de que um dia o povo africano do mundo encontrará a liberdade. Zumbi está livre! Zumbi vive!

Louis Farrakhan, meu líder









Por Bell Hooks - "O amor cura"


O "Poema da Mulher" de Nikki Giovanni foi importante para que eu percebesse o processo de autodestruição das mulheres negras. Publicado no livro, A Mulher Negra, editado por Toni Cade Bambara, esse poema termina assim: "olhe para aquela que teve toda sua vida marcada pela infelicidade porque é a única verdade que conheço". Nesse poema, Giovanni não apenas sugere que as mulheres negras foram socializadas para cuidar dos outros e ignorar suas necessidades, como também mostra como a autodestruição nos faz abandonar aqueles que nos querem. A mulher negra diz: "Como você se atreve a me querer - isso não faz sentido - porque se eu sou uma merda, você deve ser pior ainda".

Esse poema foi escrito em 1968. Algumas décadas depois, as mulheres negras continuam lutando para reconhecer sua dor e encontrar formas de curá-la. Aprender a amar é uma forma de encontrar a cura. A idéia de que o amor significa a nossa expansão no sentido de nutrir nosso crescimento espiritual ou o de outra pessoa, me ajuda a crescer por afirmar que o amor é uma ação. Essa definição é importante para os negros porque não enfatiza o aspecto material do nosso bem-estar. Ao mesmo tempo que conhecemos nossas necessidades materiais, também precisamos atender às nossas necessidades emocionais. Gosto muito daquele trecho da bíblia, nos "Provérbios", que diz: "Um jantar de ervas, onde existe amor, é melhor que uma bandeja de prata cheia de ódio".

Quando nós, mulheres negras, experimentamos a força transformadora do amor em nossas vidas, assumimos atitudes capazes de alterar completamente as estruturas sociais existentes. Assim poderemos acumular forças para enfrentar o genocídio que mata diariamente tantos homens, mulheres e crianças negras. Quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura.

Contribuição da irmã preta Lívia.

Por Bell Hooks


"O Impacto da Escravidão no Ato de Amar"

Nossas dificuldades coletivas com a arte e o ato de amar começaram a partir do contexto escravocrata. Isso não deveria nos surpreender, já que nossos ancestrais testemunharam seus filhos sendo vendidos; seus amantes, companheiros, amigos apanhando sem razão. Pessoas que viveram em extrema pobreza e foram obrigadas a se separar de suas famílias e comunidades, não poderiam ter saído desse contexto entendendo essa coisa que a gente chama de amor. Elas sabiam, por experiência própria, que na condição de escravas seria difícil experimentar ou manter uma relação de amor.

Imagino que, após o término da escravidão, muitos negros estivessem ansiosos para experimentar relações de intimidade, compromisso e paixão, fora dos limites antes estabelecidos. Mas é também possível que muitos estivessem despreparados para praticar a arte de amar. Essa talvez seja a razão pela qual muitos negros estabeleceram relações familiares espelhadas na brutalidade que conheceram na época da escravidão. Seguindo o mesmo modelo hierárquico, criaram espaços domésticos onde conflitos de poder levavam os homens a espancarem as mulheres e os adultos a baterem nas crianças como que para provar seu controle e dominação. Estavam assim se utilizando dos mesmos métodos brutais que os senhores de engenho usaram contra eles. Sabemos que sua vida não era fácil; que com a abolição da escravatura os negros não ficaram imediatamente livres para amar.

Depoimentos de escravos revelam que sua sobrevivência estava muitas vezes determinada por sua capacidade de reprimir as emoções. Num documento datado em 1845, Frederick Douglass lembra que foi incapaz de se sensibilizar com a morte de sua mãe, por ter sido impedido de manter contato com ela. A escravidão condicionou os negros a conter e reprimir muitos de seus sentimentos. O fato de terem testemunhado o abuso diário de seus companheiros- o trabalho pesado, as punições cruéis, a fome- fez com que se mostrassem solidários entre eles somente em situações de extrema necessidade. E tinham boas razões para imaginar que, caso contrário, seriam punidos. Somente em espaços de resistência cultivados com muito cuidado, podiam expressar emoções reprimidas. Então, aprenderam a seguir seus impulsos somente em situações de grande necessidade e esperar por um momento "seguro" quando seria possível expressar seus sentimentos.

Num contexto onde os negros nunca podiam prever quanto tempo estariam juntos, que forma o amor tomaria? Praticar o amor nesse contexto poderia tornar uma pessoa vulnerável a um sofrimento insuportável. De forma geral, era mais fácil para os escravos se envolverem emocionalmente, sabendo que essas relações seriam transitórias. A escravidão criou no povo negro uma noção de intimidade ligada ao sentido prático de sua realidade. Um escravo que não fosse capaz de reprimir ou conter suas emoções, talvez não conseguisse sobreviver.


"Emoções Reprimidas: A Chave da Sobrevivência"

A prática de se reprimir os sentimentos como estratégia de sobrevivência continuou a ser um aspecto da vida dos negros, mesmo depois da escravidão. Como o racismo e a supremacia dos brancos não foram eliminados com a abolição da escravatura, os negros tiveram que manter certas barreiras emocionais. E, de uma maneira geral, muitos negros passaram a acreditar que a capacidade de se conter emoções era uma característica positiva. No decorrer dos anos, a habilidade de esconder e mascarar os sentimentos passou a ser considerada como sinal de uma personalidade forte. Mostrar os sentimentos era uma bobagem.

Tradicionalmente, as famílias do Sul do país ensinavam as crianças ainda pequenas que era importante reprimir as emoções. Normalmente as crianças aprendiam a não chorar quando eram espancadas. Expressar os sentimentos poderia significar uma punição ainda maior. Os pais avisavam: "Não quero ver nem uma lágrima". E se a criança chorava, ameaçavam: "Se não parar, vou te dar mais uma razão para chorar." Como é possível diferenciar esse comportamento daquele do senhor de engenho que espancava seu escravo sem permitir que ele experimentasse qualquer forma de consolo, ou mesmo que tivesse um espaço para expressar sua dor? E se tantas crianças negras aprenderam desde cedo que expressar as emoções é sinal de fraqueza, como poderiam estar abertas para amar? Muitos negros têm passado essa idéia de geração a geração: se nos deixarmos levar e render pelas emoções, estaremos comprometendo nossa sobrevivência. Eles acreditam que o amor diminui nossa capacidade de desenvolver uma personalidade sólida.


Contribuição da irmã preta Lívia.

Por Bell Hooks - Arte de amar


Nossa recuperação está no ato e na arte de amar. Meu trecho favorito do Evangelho segundo São João é o que diz: "Aquele que não ama ainda está morto".

Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor. Essa é uma de nossas verdades privadas que raramente é discutida em público. Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso. Não tem sido simples para as pessoas negras desse país entenderem o que é amar. M. Scott Peck define o amor como "a vontade de se expandir para possibilitar o nosso próprio crescimento ou o crescimento de outra pessoa", sugerindo que o amor é ao mesmo tempo "uma intenção e uma ação". Expressamos amor através da união do sentimento e da ação. Se considerarmos a experiência do povo negro a partir dessa definição, é possível entender porque historicamente muitos se sentiram frustrados como amantes.

O sistema escravocrata e as divisões raciais criaram condições muito difíceis para que os negros nutrissem seu crescimento espiritual. Falo de condições difíceis, não impossíveis. Mas precisamos reconhecer que a opressão e a exploração distorcem e impedem nossa capacidade de amar. Numa sociedade onde prevalece a supremacia dos brancos, a vida dos negros é permeada por questões políticas que explicam a interiorização do racismo e de um sentimento de inferioridade. Esses sistemas de dominação são mais eficazes quando alteram nossa habilidade de querer e amar.

Nós negros temos sido profundamente feridos, como a gente diz, "feridos até o coração", e essa ferida emocional que carregamos afeta nossa capacidade de sentir e consequentemente, de amar. Somos um povo ferido. Feridos naquele lugar que poderia conhecer o amor, que estaria amando.
A vontade de amar tem representado um ato de resistência para os Afro-Americanos. Mas ao fazer essa escolha, muitos de nós descobrimos nossa incapacidade de dar e receber amor.


Contribuição da irmã preta Lívia

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Conhecimento Africano. Conhecimento Preto








Álcool, uma das causas da destruição do povo preto


O álcool é uma das armadilhas do sistema do homem branco prá impedir o progresso do povo preto. Neste país, não é atoa que álcool, negros e samba estão sempre associados nas propagandas dos meios de informação.

O nível de alcoólatras em nossa comunidade é intenso, e isso não é por acaso. Essa é uma das formas que os opressores encontraram para pacificar nossa gente. Essa é uma forma de nos manter no obscurantismo mental e espiritual. O álcool gera violência em nossas comunidades. Gera dor , sofrimento e desentendimento também. O álcool nos mantém escravos e dependentes.

DEVEMOS COMBATER ESSA DROGA QUE DESTROE NOSSA COMUNIDADE.

Mulher libertadora


Mulher preta-africana, origem da criação. Princípio da vida e de toda a existência. Vocês são rainhas porque seu trono está estabelecido desde o início. Sua elevação é a solução para a libertação do nosso, do seu, povo preto.

Trançando, resistindo e africanizando