O movimento pan-africano constituiu-se num cordão umbilical que possibilitou, pelo menos ideologicamente, a interseção dos povos africanos espelhados pelas Américas e pela Europa com a sua origem africana. O movimento pan-africano redimensinou a identidade preta, refloresceu o sentimento de pertecimento africano, trouxe à tona as verdades escondidas acerca do povo preto sucateadas pelo eurocentrismo e tornou-se um movimento internacional aglutinador de ideais libertárias e revolucionárias.
O movimento pan-africano é via política para construção da auto-determinação dos povos africanos do mundo. É o movimento pela libertação da África, e de seus filhos e filhas, do supremacismo branco. O movimento pan-africano visa a construção de Estados Africanos na Diáspora e/ou do retorno do povo preto para a Terra-Mãe reconstruída.
Ser pan-africano é se sentir pertecente a civilização africana. É se sentir parte integrante da mesma mesmo longe dela. É assumir o compromisso na luta pela libertação africana no mundo. É ajudar na construção dos Estados Unidos da África. É assumir a bandeira da revolução preta como símbolo de luta e resistência. Ser pan-africano é não se sujeitar aos interesses do povo branco e a sua exploração. É assumir o protagonismo no movimento pelo renascimento africano e na luta pela sua vitória.
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