quarta-feira, 24 de novembro de 2010

LOUIS FARRAKHAN E NELSON MANDELA


BLACK UNITE!

UNIDADE PRETA!

PAN-AFRICAN UNITE!

UNIDADE PAN-AFRICANA!

A opressão Branca x A libertação preta


Há uma violência sistemática por parte do Estado (Poder Público) contra o povo preto no Brasil. Todos os setores do setor público deste país está viciado no trato com nossa gente. O racismo institucional, essa forma moderna de eliminar,oprimir, humilhar, subjugar e diferenciar os individuos pretos, tem como faceta mais vísivel e brutal o braço armado do Estado através do seu poder de polícia. Quantos homens e mulheros pretos foram assissanados por policiais nos últimos 25 anos no Brasil? Quase 1 (um) milhão. E quantos desses agentes estatais foram julgados e condenados pelo crimes que cometaram? Poucos! E esses poucos condenados foram aqueles que já tinham uma ficha extensa contra ele, uma vida pregressa desfavorável.

O chamado "auto de resistência", a mentira da apreensão de drogas e armas, a falsificação dos fatos, aliados a fé publica que esses agentes homicidas da democracia branca, são elementos "justificavéis" para o exterminio, prisão e humilhação em massa de jovens pretos neste país. Quem nunca se deparou com uma imagem de televisão onde se projeta a imagem de um homem preto, após o cometimento ou não de um crime, como se tivesse projetando a imagem de um escravo capturado?

O extermínio da nossa raça no setor de saúde, por causas evitáveis, também são em massa. O sucateamento da saúde pública e a contaminação bactericida de locais de tratamentos de doentes pretos e pretas é um outro mecanismo eficaz de eliminação da nossa gente. Os problemas de saúde pelo quais morremos nos postos públicos deste país são agravados mais pelo habiente externo nos qual somos expostos do que o agravamento da doença em si.

A educação pública uma arma de dominio mental e espiritual da nossa gente. A educação que o povo preto recebe nesse país nos faz sermos dócil, subservientes, pacíficos, cidadão de ultima classe, alienados e um povo de consciência escrava. A educação que recebemos é uma educação que nos condiciona, nos limita, nos impõe uma perspectiva de vida social baixa, etc. A educação é verdadeiramente branca.

Se pensarmos na podridão social que estamos vivendo. Se pensarmos a fundo qual tem sido o papel do Estado no que se refere ao tratamento com o povo preto. Se pensarmos como as regras sociais estão estabelecidas para nos mantermos na subcidadania, na escravidão e subjugados. Se pensarmos, entendermos, já teremos um grande avanço na perspectiva ideológica para se buscar uma solução coletiva para o enfrentamento desse Poder Publico, desse Poder Branco, de uma forma libertária.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O messias salvador do povo preto e seu rebanho

Mulher original


Mulher original
Preta celestial
Amor incondicional
Africa astral

Força e poder
Elevar-se e crer
Sabedoria prá vencer
A opressão do poder

Paul Bogle


Paul Bogle nasceu perto dos últimos dias da escravidão em seu país. Depois da abolição e já adulto, era um homem de situação relativamente melhor do que a dos outros ex-escravos: possuía propriedade particular e sabia ler e escrever. Além disso, Bogle era um dos 106 homens que podiam votar em Saint Thomas, capital da Jamaica.

Como católico, ele usou diversas lições da Bíblia para ajudar a comunidade negra a sobreviver ante as injustiças e a pobreza, principalmente no período pós-escravidão, abolida oficialmente em 1838. A Jamaica passava por um período de convulsão social, tendo em vista que os grandes proprietários de terra (brancos) não aceitavam que os ex-escravos tivessem quaisquer direitos, de forma que esses latifundiários cobravam taxas abusivas e promoviam julgamentos totalitários para o povo. E começou a correr rumores de que os latifundiários brancos queriam voltar com a escravidão.

Além disso, após os massacres dos europeus durante a Rebelião Indiana de 1857, a população britânica na Jamaica, como em muitas outras colônias britânicas, estava com medo de uma sublevação negra.

Foi neste panorama que Bogle tentou promover uma marcha até a sede do governo clamando por justiça racial. Porém, não se sabe ao certo o motivo, as pessoas desistiram da marcha, num episódio que o cantor Bob Marley descreveria poeticamente quase um século depois: "I'll never forget, they turn they back on Paul Bogle." Em português, “eu nunca esquecerei, eles viraram as costas para Paul Bogle”.

Porém de fato esta não foi a realidade. Em 1865 ocorreu um julgamento de dois negros que residiam na mesma localidade de Bogle. Ele e alguns homens foram até Morant Bay para dar apoio aos acusados, até porque havia mandado de prisão expedido para o próprio Bogle. Um homem seria preso injustamente, e Bogle intercedeu e evitou que a polícia o prendesse. A seguir, voltou para sua cidade, Stony Gut, e a polícia passou a persegui-lo. Nessa ocasião, toda a população negra oprimida deu suporte a Bogle. Assim, marcharam em protesto para a sede do governo novamente, onde foram recebidas a tiros; cerca de 20 pessoas do grupo de Bogle foram mortas.

O grupo voltou para Stony Gut, sendo perseguido pelas tropas do governo inglês de John Eyre, e assim se constituía a chamada Revolta de Morant Bay, que se deus aos dias 11 de outubro de 1865. A cidade Stony Gut foi completamente destruída, e suas as casas foram queimadas.

Bogle foi capturado pelas autoridades inglesas, condenado e enforcado dias mais tarde, em 24 de outubro do mesmo ano. Cerca de 440 pessoas também foram executadas e outras punições foram aplicadas, como a flagelação de mais de 600 homens e mulheres (incluindo algumas mulheres grávidas), e longas penas de prisão. Até os dias de hoje, Bogle é considerado um herói nacional da Jamaica por conta da Revolta de Morant Bay.